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O ministro Henrique Meirelles
sobe à boca de cena para anunciar uma "novidade": para compensar o
rombo no orçamento da União, que prevê um déficit de R$ 139 bilhões, o
governo vai...aumentar os impostos.
Como o mico-leão dourado na Mata Atlântica, a classe média resiste. Sobrevive até o próximo incêndio. E como é que o governo responde a essa sua volúpia fiscal? Retribui com impecáveis serviços de saúde ? Com estradas impecavelmente conservadas? Com segurança pública digna dos países escandinavos?
Retribui, isto sim, com impostos suecos e serviços do Sudão. E com o aumento do salário dos "corporativos" – todos aqueles funcionários públicos que têm o poder de definir os seus próprios ganhos.
Em
plena Lua-de-Mel do Plano Cruzado – lembram-se? – a cervejota foi
eleita a mascote da "nova economia", assim como o frango e o iogurte se
transformaram nos símbolos do Plano Real. Hoje, até os símbolos pioraram
muito. A "mascote" da crise é a carne podre...
Nem é bom dar a idéia. Mas o governo não surpreenderia nenhum brasileiro se viesse a criar um novo imposto só sobre a cerveja. Haveria maior penalização para a classe dita trabalhadora?
Já tem bebedor do velho xarope de malte, lúpulo e cevada organizando passeata preventiva contra um possível aumento de tributos sobre esse indispensável e espumante remédio.
Depois de uma grande assembléia, ficará decidido que o protesto se dará contra a "expansão" do imposto, nunca pela abstinência do líquido. Se, por um instante, todos bebessem menos cerveja, o preço cairia, claro, segundo a famosa lei da oferta e da procura - que um vereador ilhéu um dia quis "revogar". Mas a proposta encontraria irremovível resistência. Ninguém vai querer largar a cervejinha e encolher a barriguinha. Seria muito sacrifício para esses tempos de crise perpétua.
***
Uma "Comissão" se avistará com o presidente Temer para sugerir que o governo distribua justiça entre os consumidores.
Para ser justo, que taxe o consumo pelo volume da "micção" de cada um.
Isso
mesmo. O sujeito pagaria apenas pelo que os seus rins processassem. Um
"isento" teria o direito de "deduzir" dois litros por dia.
Qualquer mililitro acima disso, pagaria o "Imposto-Cerveja".
Qualquer mililitro acima disso, pagaria o "Imposto-Cerveja".
Claro, o único problema seria como medir. Ninguém ia querer declarar o armazenamento real de sua bexiga para o fiscal do governo - que instalaria um "Xiximóvel" em cada bar.A turma ia partir pra sonegação, fazendo um xixi clandestino nos postes do caminho.
Diário Catarinense