Segundo encontro com lideranças dos manifestantes deve ocorrer nesta quinta
Foto: Alan Santos / Presidência da República / CP
Antes de viajar para Porto Real (RJ) e Belo Horizonte (MG), o presidente
Michel Temer coordena nesta quinta-feira pela manhã, no Palácio do
Planalto, reunião para discutir o impasse em torno dos preços dos
combustíveis. A conversa ocorre no dia seguinte ao anúncio da Petrobras
de redução de 10% no valor do diesel nas refinarias por 15 dias. Temer
convocou para a reunião os ministros Eduardo Guardia (Fazenda), Moreira
Franco (Minas e Energia), Valter Casemiro (Transportes, Portos e
Aviação), o presidente da Petrobras, Pedro Parente, e o secretário da
Receita Federal, Jorge Rachid.
Com a decisão de ontem da Petrobras,
o governo espera conseguir negociar com o movimento dos caminhoneiros,
que hoje atinge o quarto dia de greve, paralisando o abastecimento de
vários setores no país. Os caminhoneiros se queixam do preço final do
diesel.
Trégua
Após a reunião do
presidente Temer com os ministros, a previsão é de que outra conversa
ocorra ao longo do dia. Será a vez de os ministros se reunirem com as
lideranças dos caminhoneiros, a exemplo do que ocorreu ontem, no Palácio
do Planalto. O objetivo é conseguir um acordo para encerrar a
paralisação e acabar com o bloqueia das rodovias e a ameaça de
desabastecimento em vários setores. Porém, líderes dos caminhoneiros
disseram ontem que o anúncio da Petrobras, de redução de 10% do preço do
diesel por 15 dias, não resolve e que, assim, a paralisação continuará.
Impactos
A
Petrobras avalia que, a partir da medida, a redução média será de R$
0,23 por litro nas refinarias, resultando numa queda média de R$ 0,25
por litro nas bombas dos postos de combustível. A diminuição do preço
deve ser maior para o consumidor, porque o imposto incidente
acabará sendo menor. O custo do combustível nas refinarias será de R$
2,1016, valor fixado para os próximos 15 dias. Ao fim do período, a
tarifa será corrigida de forma progressiva até voltar a operar de acordo
com a política de preços adotada pela estatal.
Agência Brasil / Correio do Povo