quinta-feira, 14 de março de 2019

Argentino acaba sendo assassinado e tendo órgão genital mutilado


Um homem de 50 anos foi encontrado morto dentro de casa no bairro Floresta, em São José, na tarde de terça-feira (12). A vítima é um argentino, chamado Gustavo Ariel Borgonzi, que morava há 10 anos na cidade. Ele teve o pescoço degolado por um estilete, de acordo com a Polícia Civil.

Ariel ainda teve o órgão genital arrancado, informou o delegado Manoel Galeno, titular da Divisão de Investigação Criminal (DIC), que investiga o crime. Até este momento, ninguém foi preso pelo assassinato.
O crime chocou o bairro nas proximidades da agência dos Correios na BR-101. A vítima era bem conhecida na região. Um vizinho encontrou o corpo após suspeitar que aqui havia algo errado com o argentino. Ariel trabalhava em uma loja de materiais de construção no bairro Picadas do Sul, e não tinha passagens pela polícia.
A suspeita é que o argentino foi assassinado na noite de segunda-feira (11). Na cena do crime, havia um pentagrama (estrela composta por cinco retas e que possui cinco pontas) desenhando com o sangue da vítima, além de uma série de letras “sem nexo”, informa o delegado Galeno.
Na manhã desta quarta-feira (13), uma equipe do IGP está no local para tentar levantar provas que levem ao autor do homicídio, como digitais ou vestígios, por exemplo.
Crime de ódio não está descartado
O titular da DIC afirma que o crime “foi extremamente violento”. Segundo ele, a vítima era homossexual, e um eventual crime de ódio não está descartado, já que o assassinato teve requintes de crueldades.
“Ele era homossexual. Não sabemos qual a relação dele com o autor. Relacionamento sexual, aparentemente, sim. Mas o que está por trás disso ainda não sabemos” avalia Galeno.
Galeno diz que o crime foi cometido por “apenas” um homem, que estava “com raiva”. Ariel morava sozinho em São José, e seus familiares estão todos na Argentina. Não há informação se ele será sepultado por aqui ou retornará ao país natal.
No relatório distribuído diariamente aos jornalistas, a Polícia Militar (PM) afirma que uma testemunha viu um homem saindo com objetos do local. O delegado Galeno, porém, ainda não tem essa informação.
“Não dá pra saber ainda. Vamos ouvir testemunhas, pessoas que conheciam a vítima, e tentar elucidar o que aquela mensagem com sangue queria dizer” destaca Galeno.

Claudério Augusto via Diário Catarinense / ClicRdc