quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Menino morto com facada por amigo era tido como gentil e prestativo dizem pessoas próximas

Caio estava brincando na rua com os colegas quando tentou separar uma briga entre irmãos. REPRODUÇÃO/FACEBOOK/PARADINHA VILA BELA



Caio Lucas, de 11 anos, que morreu após levar um golpe de faca no peito por outra criança, de 10, era conhecido por ter um "sorriso tímido", ser "prestativo", "educado" e "gentil", segundo familiares e vizinhos ouvidos pelo R7. O caso ocorreu no Jardim dos Reis, em Franco da Rocha, região metropolitana de São Paulo, na tarde de segunda-feira (9).

Aos prantos, a mãe de Caio, Maria Elaine Gomes Bezerra, afirmou que vai se lembrar para sempre da boa pessoa que criou. "Ele era cheio de vida, ajudava todo mundo, fazia amizade fácil, inclusive eu sempre alertei Caio sobre a amizade com esse menino", confessa a mulher, abalada.

A criança estava na rua e brincava com os colegas, quando um dos garotos teria começado a discutir com o irmão. Caio, então, teria tentado apartar a briga, mas o menino não gostou, entrou em casa, pegou uma faca na pia e golpeou o amigo. Segundo Maria Elaine, a criança morreu nos braços da irmã, "enquanto ela gritava pedindo para alguém acionar o socorro".

A vizinha da família Joyce Freitas diz que vai se lembrar dele como a "criança educada, gentil e prestativa" que era. "Ele era amigo do meu filho e sempre me cumprimentava", afirma.

Caio e o autor da facada 'viviam grudados', diz madrinha

A madrinha do menino responsável por ter dado a facada que tirou a vida de Caio afirmou que os dois eram muito amigos e "viviam grudados". Segundo ela, a vítima era uma "criança sensacional".

"Foi o meu afilhado que deu a facada, e eu não passo a mão na cabeça, tem que receber a punição de alguma forma, mas eu tenho certeza que ele achou que a faca só arranhou Caio. Agora, ele está muito abalado", afirma.

Ainda segundo a mulher, após o ocorrido, o menino foi para a casa da mãe, mas o Conselho Tutelar foi acionado e deve recolhê-lo.

"A mãe do Caio é como uma irmã para mim, e aí tem minha comadre, eu estou dividida. A mãe do meu afilhado só chora, ela sabe o que o filho fez e fica imaginando se as versões fossem ao contrário", disse.


Claudério Augusto via site R7