segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Caso Amanda Albach: Dois suspeitos de envolvimento na morte são presos novamente

Corpo de Amanda Albach foi localizado enterrado na praia; próprio suspeito levou a polícia até o local – Foto: Divulgação/ND



 Pouco mais de um mês após terem sido soltos, dois suspeitos de envolvimento no assassinato de Amanda Albach, de 21 anos, foram presos novamente na sexta-feira (21). O suspeito de ter atirado contra a jovem já estava detido temporariamente e, agora, de acordo com o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), os três estão presos preventivamente.


O crime aconteceu no Sul de Santa Catarine e após 18 dias desaparecida, o corpo de Amanda foi encontrado enterrado na praia do Sol, em Laguna, no dia 3 de dezembro. Os três suspeitos foram presos em Canoas, no Rio Grande do Sul, na tarde do dia 2 de dezembro e o suspeito de atirar em Amanda “indicou” o local onde ela estava enterrada. Moradora da região metropolitana de Curitiba, a jovem tinha viajado ao Litoral catarinense no feriado de 15 de novembro.

Segundo o MPSC, os dois suspeitos presos novamente nesta sexta-feira são a companheira do homem preso por atirar em Amanda e o irmão dele. Mais uma vez, eles foram encontrados em Canoas.

A investigação da Polícia Civil apontou novos indícios e elementos que indicam a participação na dupla nos crimes de sequestro, tortura, assassinato e ocultação do corpo da jovem. Segundo o MPSC os novos elementos foram indicados por meio de análise dos aparelhos celulares, além da divergência nos depoimentos. Embora não detalhe a participação de cada um no crime, o MPSC afirma que os novos elementos deixam clara a ação em conjunto do grupo para matar Amanda.

Uma testemunha teria afirmado, em depoimento, ter medo dos suspeitos e auxiliou nas investigações descrevendo como o crime foi praticado sem dar chance de defesa à jovem. A promotora de Justiça Gabriela Arenhart ressaltou, ainda, que os suspeitos já haviam tentado dificultar as investigações e destruir os celulares para ocultar provas. O trio deve ser denunciado pelo Ministério Público.

Relembre o caso
Amanda Albach trabalhava como promotora de vendas em Santa Catarina e desapareceu no dia 15 de novembro, após passar o fim de semana do feriadão da Proclamação da República em Imbituba, município no Sul do Estado.

Durante a investigação, três suspeitos de envolvimento no desaparecimento da jovem de 21 anos foram presos na última quinta-feira (2), no Rio Grande do Sul.

Eles foram levados para a delegacia de Laguna, no Sul de Santa Catarina, para interrogatório. Todos foram presos por força de mandado de prisão temporária.

No dia seguinte, o corpo de Amanda Albach Silva  foi localizado na praia do Sol, em Laguna. Segundo policiais da DIC (Divisão de Investigação Criminal), as três pessoas presas apontaram o paradeiro do corpo da jovem.

Segundo um dos advogados da família, Fabio de Assis, os dois homens e a mulher estiveram com a jovem em Santa Catarina durante o feriado. Eles estiveram juntos na mesma balada em que Amanda foi vista pela última vez, em Jurerê Internacional.

Os detidos já eram conhecidos de Amanda. Ela e a mulher seriam, inclusive, amigas de longa data, contou o advogado. Na manhã desta sexta, os advogados se deslocaram para Laguna para acompanhar as diligências policiais.

A jovem foi obrigada a cavar a própria cova antes de ser morta com dois tiros por uma das três pessoas que foram presas. A revelação foi realizada pela Polícia Civil durante coletiva na última sexta-feira (3). “Ele [suspeito] coagiu Amanda a caminhar com uma pá e depois a obrigou a cavar uma cova na praia de Itapirubá, entre Imbituba e Laguna. O homem então efetuou dois disparos de arma de fogo, depois tapou o buraco e saiu. As outras duas pessoas que estão presas não presenciaram a cena”, relataram os investigadores.

Segundo a polícia, o próprio suspeito foi quem levou os policiais até o local onde Amanda havia sido enterrada e contou como os fatos aconteceram.

“Inclusive no áudio que Amanda encaminhou para a família, ela já estava no local do crime, segundo o próprio investigado relatou. Havia barulho de vento e a voz dela estava estranha”, conta a polícia.




Claudério Augusto via site ND Mais