Um homem e uma mulher que aplicavam golpes em idosos foram condenadas por estelionato após denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) em Seara, no Oeste catarinense. A mulher terá de cumprir 14 anos de reclusão, em regime inicial fechado, e pagar 60 dias-multa. Já o homem foi condenado a 15 anos, quatro meses e 24 dias de reclusão, também em regime inicial fechado, e terá de pagar de 70 dias-multa.
De acordo com a denúncia, no dia 13 de julho deste ano, os réus aplicaram três golpes em vítimas idosas. Os crimes ocorreram em pouco mais de duas horas. O primeiro foi registrado por volta das 11h30, no Centro do município.
A suspeita ligou para um idoso identificando-se como funcionária de um banco. Na ligação, falou para a vítima que o seu cartão teria sido clonado, solicitou os dados do cartão bancário, incluindo a senha, e disse que uma mulher iria à residência para buscá-lo.
Na sequência, a ré foi até a residência do idoso e, utilizando-se de um nome falso em um crachá, solicitou o cartão bancário, que foi entregue pela vítima. Ao sair do local, os condenados fizeram transações bancárias em máquinas de cartão de crédito que possuíam e debitaram R$ 4.630 da conta da vítima.
Outros crimes
No mesmo dia, por volta de meio-dia, no bairro Niterói, a ré conversou por telefone com uma idosa, dizendo ser funcionária de uma loja. Na ligação, falou para a vítima que terceiros estariam tentando fazer compras com o cartão bancário de seu marido, momento em que pediu alguns dados bancários.
Em seguida, foi até a residência da idosa e, novamente, utilizando-se de um nome falso em um crachá, pediu dois cartões bancários, um da própria idosa e outro de seu companheiro. Desta forma, os golpistas debitaram mais de R$ 4 mil da conta bancária da idosa.
Depois, os condenados continuaram enganando a vítima e solicitaram a transferência de R$ 2,3 mil com a desculpa de "estornar dos valores debitados", operação que foi realizada pela idosa, aumentando ainda mais o prejuízo.
Já por volta das 13h40, no bairro das Nações, o réu fez contato telefônico com um casal de idosos dizendo ser funcionário de uma instituição bancária. Na ligação, disse para as vítimas que seus cartões teriam sido clonados e solicitou as senhas, informando que alguém passaria na residência para buscar os cartões e solucionar o problema. Neste último, os condenados realizaram transações bancárias e debitaram quase R$ 10 mil das contas do casal.
Segundo o MPSC, cabe recurso da sentença, mas os réus não poderão recorrer em liberdade.
Claudério Augusto via site Oeste Mais