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Foto: Divulgação/Polícia Civil - Reprodução via site ClicRDC |
A Polícia Civil de Chapecó, por meio da Divisão de Investigação Criminal de Fronteira (DIC-Fron), concluiu a investigação da tentativa de homicídio contra um homem, de 20 anos, de origem venezuelana no bairro Efapi, em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. Segundo o delegado da Polícia Civil, Vagner Papini, o crime aconteceu no dia 30 de julho de 2022 (assista no fim da matéria).
Após a análise das câmeras de vigilância, de relatos de testemunhas e da vítima sobrevivente, bem como do interrogatório do suspeito, um homem de 31 anos, a Polícia Civil conseguiu elucidar o crime.
O crime
Momentos antes do crime, a vítima e o suspeito encontravam-se em um posto de combustíveis, no bairro Efapi, onde teriam discutido pelo modo com que mulheres presentes no local dançavam músicas venezuelanas.
Como as músicas estavam sendo reproduzidas por meio do automóvel do suspeito, este tentou deixar o local, mas foi impedido pelas pessoas que acompanhavam a vítima.
Depois de agressões físicas mútuas, tanto o suspeito quanto a vítima decidiram retornar às suas residências.
Durante o trajeto, entretanto, ao visualizar a vítima na rua, o suspeito resolveu atropelá-la, mas, segundo ele, conforme revelou em interrogatório, sem a intenção de matar. Conforme Papini, o suspeito usou o argumento de que, inclusive, retornou ao local para prestar socorro.
“De toda forma, por mais que o suspeito tenha alegado que não tinha a intenção de produzir o resultado morte, é evidente que, pelas circunstâncias apuradas, com a sua conduta, houve a assunção do risco de efetivamente matar a vítima (logo, caracterizou-se o dolo eventual), razão pela qual restou indiciado pelo delito de homicídio tentado qualificado pela “traição” (isso porque o atropelamento se deu pelas costas, de forma traiçoeira e repentina, enquanto a vítima caminhava tranquilamente em via pública, sem que ela tivesse a possibilidade de qualquer defesa ou mesmo fuga)”, explicou Vagner Papini.
Conforme o delegado, a vítima sofreu apenas escoriações pelo corpo, sem maior gravidade. O Inquérito Policial, que documenta todas as diligências realizadas pela Polícia Civil, foi encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, para as providências cabíveis.
Claudério Augusto via site ClicRDC