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Jéssica Elias da Rosa foi sequestrada e morta – Foto: PCSC/Divulgação/ND |
O assassinato de Jéssica Elias da Rosa, de 23 anos, chocou Braço do Norte (SC) e continua revelando detalhes de crueldade. Segundo a Polícia Civil, a jovem foi torturada por dias pela ex-sogra e a atual namorada do ex-companheiro, entre outros suspeitos.
A investigação apontou ainda que Jéssica foi brutalmente espancada e morta com um mata-leão pelo companheiro da ex-sogra, e seu corpo enterrado com 50 quilos de cal para acelerar a decomposição.
Conforme a delegada Jucines Ferreira, além da presença do cal, o corpo da jovem foi encontrado enrolado em um cobertor, com os pés amarrados e um saco plástico na cabeça, em uma cova de 1,5 metro.
“O corpo dela estava íntegro, tanto que conseguimos identificar todas as tatuagens. O rosto estava desfigurado”, informou a delegada.
Envolvimento com crime organizado
A investigação também apura o envolvimento da ex-sogra de Jéssica e o filho preso, com o crime organizado. “Conforme já de investigação prévia em outro caso envolvendo o filho preso, há elementos de ela pertencer a uma facção criminosa”, revelou.
“O terceiro preso, companheiro da ex-sogra, confirmou essa informação, dizendo que eles pertencem ao PCG (Primeiro Grupo Catarinense)”, destacou a delegada. A reportagem não localizou a defesa dos investigados.
Dois dias de torturas
A delegada conta que o namorado da ex-sogra detalhou a linha do tempo do crime, que ocorreu em janeiro. Jéssica teria saído de casa na sexta (20), e sido sequestrada na madrugada de sábado (21).
A jovem teria sido torturada por dois dias, e no terceiro, na segunda-feira (23), os suspeitos teriam decidido matá-la e enterrá-la.
Polícia tem outros suspeitos no radar
A polícia investiga ainda a participação de uma quarta pessoa no crime. Este suspeito teria sido responsável por ajudar a ocultar o corpo de Jéssica.
A polícia investiga também a hipótese de que o ex de Jéssica possa ter sido o mandante do crime. “[O companheiro da ex-sogra] disse que a atual namorada não fazia nada sem o consentimento dele. Ela era submissa a ele”, relatou a delegada.
O IGP (Instituto Geral de Perícias) está analisando os celulares dos suspeitos. O assassinato pode ser enquadrado como feminicído caso a investigação comprove que o ex-companheiro de Jéssica foi mandante do crime.
Ele está preso por homicídio em Braço do Norte, conforme informações da polícia, por tráfico de drogas. Chegou inclusive a ser detido após queimar a casa da ex. O preso responde por homicídio por tráfico de drogas.
Claudério Augusto via site ND Mais