A Polícia Civil investiga pelo menos nove mortes ocorridas na Grande
Florianópolis entre a 0h de terça (21) e as 10h desta quarta-feira (22).
Foram seis assassinatos em Fpolis, dois em Palhoça e um em São José. Nenhum suspeito foi preso. Na capital este ano já são 154 casos, como mostrou o Jornal do Almoço. Em 2016 foram 92.
O secretário de Estado da Segurança, César Grubba, informou que a pasta
está reforçando setores especializados da Polícia Civil, além do
efetivo da Polícia Militar em alguns locais, para tentar diminuir a
violência na região.
Uma reunião entre o secretário e os comandos das polícias Civil e Militar deve ocorrer na tarde desta quarta.
São José e capital
Um dos assassinatos desta quarta foi registrado em São José. A PM foi
informada por volta das 10h sobre um homicídio no Morro do Avaí. O crime
pode ter sido motivado por uma briga entre vizinhos, segundo a Central
de Plantão de Polícia do município informou à NSC TV.
A Divisão de Investigação Criminal (DIC) investiga o caso. Segundo o
Instituto Médico Legal (IML), o homem tinha 35 anos, era natutal de
Florianópolis e foi morto por arma de fogo.
Palhoça
Em Palhoça, a DIC investiga dois homicídios ocorridos na terça-feira
(21). O corpo de um jovem de 18 anos foi encontrado carbonizado no
bairro Pachecos durante a manhã. Moradores informaram à polícia que na
noite de segunda (20) viram fogo em um terreno baldio. No dia seguinte
foram ver o que era e encontraram o corpo.
Outra morte, de um homem de 28 anos, na tarde de terça, também é
investigada. Natural de Florianópolis, a vítima foi alvejada no bairro
Frei Damião, segundo o Instituto Médico Legal (IML).
“Os homicídios estão sendo investigados pela DIC de Palhoça desde o
encontro dos cadáveres. As investigações estão sob sigilo”, disse a
delegada Raquel Freire.
Segundo ela, a DIC ainda investiga a possível morte de uma mulher. “Não
foi encontrado o corpo, mas a princípio a informação é de que houve
esse homicídio e isso também é objeto de investigação”, afirmou a
delegada, que não passou detalhes para não atrapalhar as investigações.
Florianópolis
A Delegacia de Homicídios da capital também investiga seis mortes ocorridas desde terça-feira. Duas foram na madrugada desta quarta-feira na Vila União durante um tiroteio. Uma mulher e um homem foram baleados.
Conforme o IML, o homem tem 28 anos e é gaúcho. A mulher não havia sido
identificada até o início da tarde. Moradores da comunidade relataram à
NSC TV que os dois seriam namorados.
Outras três pessoas foram mortas em uma comunidade no Bairro Agronômica.Eles eram irmãos e foram baleados por volta das 19h de terça. Segundo a
PM, a ocorrência foi no Morro do 25, já o IML informou que foi no Morro
Nova Trento. As duas comunidades são vizinhas.
Os homens de 31, 34 e 37 anos foram mortos a tiros. Um estava dentro de
uma casa abandonada e os outros no terreno, segundo o delegado Enio de
Oliveira Matos. A suspeita é que o crime esteja relacionado a alguma
dívida antiga de tráfico.
Por volta de 0h de terça-feira (21) um homem de 28 anos foi morto a tiro no Estreito.
Segundo a Polícia Civil, ele estaria tentando assaltar uma residência e
o morador reagiu. Para a Delegacia de Homicídios, o homem que atirou
agiu em legítima defesa e, por isso, não foi preso.
Parceria entre setores do Estado
Segundo o secretário de Estado da Segurança Pública, César Grubba, a polícia tem trabalhado para diminuir a criminalidade.
“As nossas polícias Militar e Civil estão trabalhando bastante na
inteligência com sufocamento da criminalidade, nos pontos vulneráveis,
nos pontos críticos, não só na Grande Florianópolis, mas como em
diversas cidades de Santa Catarina e tem evitado muitas mortes, muitos
crimes. Mas, infelizmente não se consegue evitar todos os crimes que
acontecem”, afirmou Grubba.
Questionado sobre uma barricada com pessoas armadas formada próxima a
uma creche em uma comunidade da capital na manhã desta quarta (22), o
secretário alegou que outras áreas do Estado, como os setores ligados ao
atendimento social dessas comunidades, precisa trabalhar junto com a
segurança.
“A polícia sozinha é só um braço do Estado. O braço social do Estado
tem que caminhar com a polícia, se não a gente não vai dar conta de
vencer essa guerra”, afirmou.
G1 SC