quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Grande Florianópolis registra nove mortes violentas em pouco mais de 24 horas


Cinco pessoas são mortas a tiros em Florianópolis; secretário fala sobre onda de violência
 Cinco pessoas são mortas a tiros em Florianópolis; secretário fala sobre onda de violência
A Polícia Civil investiga pelo menos nove mortes ocorridas na Grande Florianópolis entre a 0h de terça (21) e as 10h desta quarta-feira (22). Foram seis assassinatos em Fpolis, dois em Palhoça e um em São José. Nenhum suspeito foi preso. Na capital este ano já são 154 casos, como mostrou o Jornal do Almoço. Em 2016 foram 92.
O secretário de Estado da Segurança, César Grubba, informou que a pasta está reforçando setores especializados da Polícia Civil, além do efetivo da Polícia Militar em alguns locais, para tentar diminuir a violência na região.
Uma reunião entre o secretário e os comandos das polícias Civil e Militar deve ocorrer na tarde desta quarta.

São José e capital

Um dos assassinatos desta quarta foi registrado em São José. A PM foi informada por volta das 10h sobre um homicídio no Morro do Avaí. O crime pode ter sido motivado por uma briga entre vizinhos, segundo a Central de Plantão de Polícia do município informou à NSC TV.
A Divisão de Investigação Criminal (DIC) investiga o caso. Segundo o Instituto Médico Legal (IML), o homem tinha 35 anos, era natutal de Florianópolis e foi morto por arma de fogo.

Palhoça

Em Palhoça, a DIC investiga dois homicídios ocorridos na terça-feira (21). O corpo de um jovem de 18 anos foi encontrado carbonizado no bairro Pachecos durante a manhã. Moradores informaram à polícia que na noite de segunda (20) viram fogo em um terreno baldio. No dia seguinte foram ver o que era e encontraram o corpo.
Outra morte, de um homem de 28 anos, na tarde de terça, também é investigada. Natural de Florianópolis, a vítima foi alvejada no bairro Frei Damião, segundo o Instituto Médico Legal (IML).
“Os homicídios estão sendo investigados pela DIC de Palhoça desde o encontro dos cadáveres. As investigações estão sob sigilo”, disse a delegada Raquel Freire.
Segundo ela, a DIC ainda investiga a possível morte de uma mulher. “Não foi encontrado o corpo, mas a princípio a informação é de que houve esse homicídio e isso também é objeto de investigação”, afirmou a delegada, que não passou detalhes para não atrapalhar as investigações.

Florianópolis

A Delegacia de Homicídios da capital também investiga seis mortes ocorridas desde terça-feira. Duas foram na madrugada desta quarta-feira na Vila União durante um tiroteio. Uma mulher e um homem foram baleados.
Conforme o IML, o homem tem 28 anos e é gaúcho. A mulher não havia sido identificada até o início da tarde. Moradores da comunidade relataram à NSC TV que os dois seriam namorados.
  Outras três pessoas foram mortas em uma comunidade no Bairro Agronômica.Eles eram irmãos e foram baleados por volta das 19h de terça. Segundo a PM, a ocorrência foi no Morro do 25, já o IML informou que foi no Morro Nova Trento. As duas comunidades são vizinhas.
Os homens de 31, 34 e 37 anos foram mortos a tiros. Um estava dentro de uma casa abandonada e os outros no terreno, segundo o delegado Enio de Oliveira Matos. A suspeita é que o crime esteja relacionado a alguma dívida antiga de tráfico. 
Por volta de 0h de terça-feira (21) um homem de 28 anos foi morto a tiro no Estreito. Segundo a Polícia Civil, ele estaria tentando assaltar uma residência e o morador reagiu. Para a Delegacia de Homicídios, o homem que atirou agiu em legítima defesa e, por isso, não foi preso.

Parceria entre setores do Estado

Segundo o secretário de Estado da Segurança Pública, César Grubba, a polícia tem trabalhado para diminuir a criminalidade.
“As nossas polícias Militar e Civil estão trabalhando bastante na inteligência com sufocamento da criminalidade, nos pontos vulneráveis, nos pontos críticos, não só na Grande Florianópolis, mas como em diversas cidades de Santa Catarina e tem evitado muitas mortes, muitos crimes. Mas, infelizmente não se consegue evitar todos os crimes que acontecem”, afirmou Grubba.
Questionado sobre uma barricada com pessoas armadas formada próxima a uma creche em uma comunidade da capital na manhã desta quarta (22), o secretário alegou que outras áreas do Estado, como os setores ligados ao atendimento social dessas comunidades, precisa trabalhar junto com a segurança.
“A polícia sozinha é só um braço do Estado. O braço social do Estado tem que caminhar com a polícia, se não a gente não vai dar conta de vencer essa guerra”, afirmou.




G1  SC