sábado, 13 de janeiro de 2018

Acusado de matar o tio e ferir familiares por causa de herança é indiciado

Polícia Civil de Pinhalzinho finalizou na quinta-feira, 11, o inquérito sobre o assassinato de Juares Ogliari, de 47 anos. O crime ocorreu na noite de 31 de dezembro, quando um homem encapuzado invadiu uma confraternização e atirou em cinco pessoas, todas da mesma família. Quatro sobreviveram.
Um sobrinho da vítima, de 23 anos, está preso preventivamente na Unidade Prisional Avançada (UPA) de Maravilha desde 2 de janeiro, quando confessou o crime e se apresentou à polícia. Ele foi indiciado após interrogatório por homicídio qualificado por motivo fútil e sem chance de defesa para a vítima, e por tentativas de assassinato da avó, dois tios e um primo.
O jovem cursava engenharia eletrônica em Florianópolis. Para a polícia, ele premeditou o crime por cerca de seis meses. O inquérito foi encaminhado à Justiça e depois deve ser analisado pelo Ministério Público.
Motivação
Para o delegado responsável pela investigação, Arthur Lopes, o crime foi cometido por um "sentimento de humilhação" por parte do jovem, em razão de desavenças familiares. "Juares ficou vários anos fora da cidade enquanto fazia mestrado, doutorado e quando retornou começou a implementar algumas mudanças na família. Surgiram divergências com relação aos cuidados da mãe dele e avó do autor do crime”, disse.
Segundo Lopes, a avó do rapaz e os pais do universitário moraram juntos por mais de 20 anos e, ao retornar, Juares entendeu que ela não estava sendo bem cuidada. “Então, a família teve que se mudar e a forma como isso aconteceu gerou uma grande inimizade”, explicou.
Além das mudanças relacionadas à avó, segundo o delegado, o tio também deu início ao inventário dos bens do pai morto há vários anos. “O jovem também entendeu que o pai dele, irmão do Juares, foi prejudicado na divisão das terras e no pagamento de sacas de milho”, completou.

A origem da arma usada no homicídio ainda está sendo investigada. Juares era professor do Instituto Federal Catarinense (IFC) de Concórdia desde maio de 2016. Conforme a unidade, ele era servidor federal do Rio de Janeiro cedido para o campus.

Peperi