Com a dificuldade de aprovar leis no Congresso, presidente ofereceu decretos aos parlamentares
Confirmando anúncio feito no início do mês, o
presidente Jair Bolsonaro assinou nesta quinta-feira decreto que encerra
com o horário de verão. A medida foi tomada durante solenidade no
Palácio do Planalto, que reuniu autoridades como o vice-presidente
Hamilton Mourão, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o
ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
Ao discursar, Bolsonaro fez um aceno aos parlamentares, afirmando que
o governo está aberto para receber sugestões de medidas que possam ser
implantadas através de decreto, reconhecendo a "dificuldade" de aprovar
alguma lei no Congresso. "Muito difícil, quase como ganhar na mega sena.
Um decreto tem um poder enorme, como esse assinado agora. A todos os
senhores, aos demais, o governo está aberto, quem tiver qualquer
contribuição para dar via decreto, nós estamos à disposição dos
senhores", afirmou.
Criado com a finalidade de economizar energia e aproveitar o maior
período de luz solar durante os meses mais quentes do ano - quando os
dias também são mais longos -, a medida foi adotada no Brasil pela
primeira vez em 1931 e adotada em caráter permanente a partir de 2008.
De acordo com Bolsonaro, a decisão de acabar com a medida foi tomada
após estudos que mostraram não haver mais razão do horário de verão, em
função das mudanças no consumo de energia que ocorreram nos últimos
anos. Em 2008, ficou definido que o horário de verão começaria no
primeiro domingo do mês de novembro de cada ano, até domingo do mês de
fevereiro do ano subsequente, em parte do território nacional.
Só haveria mudança em ano que houvesse coincidência entre o domingo
previsto para o término da hora de verão e o domingo de carnaval.
Correio do Povo