Terceira vez em que o país adora medida busca encontrar um equilíbrio maior entre a contenção do vírus e a recuperação econômica.
Japão tem novo estado de emergência a três meses dos Jogos Olímpicos | Foto: Charly Triballeau / AFP / CP
O governo japonês declarou nesta sexta-feira um novo estado de emergência em Tóquio e em outras três regiões devido a um aumento dos casos de coronavírus, quando faltam apenas três meses para os Jogos Olímpicos. "Hoje decidimos declarar um estado de emergência nos departamentos de Tóquio, Kioto, Osaka e Hyogo", anunciou o primeiro-ministro Yoshihide Suga, mencionando o aumento de contágios devido às novas variantes mais mortais e contagiosas do vírus.
O Japão passou por dois estados de emergência e três ondas da pandemia, com baixas que empalidecem em comparação a muitos países, mas a quarta onda poderia causar mais danos se o terceiro não envolvesse lições aprendidas com erros do passado. Enquanto o primeiro abrangeu uma ampla gama de pedidos de fechamento de empresas, o segundo foi executado de forma mais restrita e teve como objetivo onde as pessoas comem e bebem.
Agora, o terceiro estado de emergência tenta encontrar um equilíbrio maior entre a contenção do vírus e a recuperação econômica. A partir de domingo, lojas de departamentos, shopping centers, cinemas e outras grandes instalações comerciais deverão fechar nas quatro prefeituras até 11 de maio. Os restaurantes serão solicitados a fechar até as 20h, e os que servem bebidas alcoólicas ou oferecem karaokê, a suspensão total das operações.
Na sexta-feira, Hyogo viu um recorde de 567 novos casos, enquanto 759 foram registrados em Tóquio e 1.162 em Osaka. Os governadores de Kanagawa, Chiba e Saitama concordaram quinta-feira em apresentar um pedido conjunto ao governo central para que a autoridade suspenda a venda de bebidas alcoólicas em suas prefeituras. As autoridades estão preocupadas com o fato de que, assim que o estado de emergência entrar em vigor em Tóquio, os residentes viajarão da capital para as prefeituras onde as restrições são mais flexíveis.
A F P / Correio do Povo
